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PAPIRUS DO EGITO

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E, ASSIM, PARTIU SEU CHICO DE JECO. *


* Aymoré Alvim.

            Homem simples, emoldurado pela humildade e grande amigo de Pinheiro. Assim, partiu seu Chico de Jeco, ou seu Chiquinho ou, então, Francisco José de Castro Gomes.
            Partiu e deixou-nos um grande vazio, no cenário histórico-cultural da nossa terra, difícil de ser preenchido, haja vista o profundo e vasto conhecimento que detinha como importante relicário da história de Pinheiro e do seu povo.
            Nascido em Pinheiro, quando ainda era a Vila de Santo Inácio do Pinheiro, em 21 de junho de 1919, seu Chiquinho era um dos 7 filhos do casal José Gomes Júnior, pecuarista que militou por algum tempo na política local, e da Sra. Itelina de Castro Gomes, conhecida por todos os amigos como dona Inhazinha.
            Iniciou muito cedo o período de alfabetização, na escola de dona Júlia Ubaldo Pimenta, passando depois para a escola do professor Elpídio Estrela. Concluído o curso primário, no grupo escolar Odorico Mendes, viajou para São Luís onde estudou, na escola Almeida Oliveira e depois no Seminário Santo Antônio.
            Ao deixar o Seminário, seu Chiquinho retornou à terra natal quando, então, aprovado em processo seletivo, conseguiu seu primeiro emprego, em 1940, aos 21 anos, para trabalhar nos municípios de Penalva e Monção como delegado municipal, no recenseamento geral do Brasil ocorrido nesse mesmo ano.
            Em plena segunda guerra mundial, foi convocado para o Serviço Militar tendo servido, em São Luís, no 24º B/C, em Teresina, no 25º B/C e no 23º B/C, em Fortaleza.
            Responsável e diligente, escudado no bom trabalho, anteriormente, desempenhado, ingressou no quadro de servidores da Fundação IBGE, em 1946. Na chefia da Agência local, conduziu com esmero os censos de 1950, 1960 e de 1970.
            Em 1948, aos 29 anos, casou-se com a professora Maria Fausta de Carvalho Gomes com quem teve dois filhos: o engenheiro Francisco de Castro Gomes Filho já falecido e a professora Maria Elizabete Fausta Gomes Nogueira, esposa do professor João Paulo Castro Nogueira que atua na política municipal, tendo sido vereador e presidente da Câmara em duas legislaturas.
            Ainda em 1948, ao lado do sogro, Dr. Elizabetho Barbosa de Carvalho, ingressou na imprensa local, inicialmente, como secretário do Jornal Cidade de Pinheiro e depois como seu diretor-responsável. Além das suas atividades administrativas, começou nessa época um longo e produtivo período de atividade jornalística, tendo publicado inúmeros trabalhos sobre a história de Pinheiro da qual foi um diligente pesquisador, deixando à posteridade um importante acervo histórico.
            Com a fundação do Ginásio Pinheirense em 1953 e da Escola Comercial da ACREP em 1962, seu Chico foi designado Inspetor Federal dos dois estabelecimentos de ensino pelo Ministério da Educação. Exerceu, também, as funções de Secretário de governo durante a administração municipal do Dr. Elizabetho Carvalho.
            No ambiente cultural, foi um dos membros fundadores do Centro Cultural da Mocidade de Pinheiro ou Academia dos Novos, em 1959, e, em 2005, da Academia Pinheirense de Letras, Artes e Ciências – APLAC, onde ocupou a Cadeira de Nº 17 cujo patrono é o Dr. Elizabetho Barbosa de Carvalho.
            Além da coluna que mantinha, no jornal Cidade de Pinheiro, seu Chiquinho publicou “Coisas de Nossa Terra”, “ Conheça o Patrono de Sua Rua, Praça e Avenida”, “Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário” e “ O Patrono dos Estabelecimentos Educacionais”.
            E, assim, partiu seu Chiquinho. Homem simples, emoldurado pela humildade e grande amigo de Pinheiro.
* Aymoré Alvim
Uma homenagem ao amigo e confrade da APLAC.

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